Matinée d'été

"Saber como nos posicionar internamente Pra que qualidades naturais brotem Sem a gente precisar entrar em acordo Sem a gente dizer assim: Cê vai me amar por 30, 20, 40, 50 anos? Certamente a pessoa vai te amar, pra sempre Mas talvez não da forma como a gente gostaria Não no esquema em que a gente gostaria As coisas vão mudando As faces do amor podem mudar Mas a gente não sabe, a gente não sabe se relacionar Com a realidade nessa perspectiva, né? Da liberdade Isso é convite pra ser adulto Nós não vamos mais controlar a vida pra nós sermos felizes Nós vamos nos responsabilizar pela nossa felicidade de forma autônoma Nos conhecendo e como seres maduros, adultos a gente vai dar liberdade para as pessoas serem o que elas são e o que elas podem ser Isso é amor"

   E depois de muitos anos na busca de alguém que realmente tivesse similaridade comigo, respeito, amor e cuidado, finalmente encontrei.    Não que eu seja metade de uma laranja, sou ela inteira, mas o que quero dizer, é que hoje existe alguém que mesmo com as similaridades ideológicas, musicais e sentimentais, me completa.     Tô falando de existir alguém ao meu lado que faz com que a convivência, o passar dos dias, dores e dificuldades num geral, tornem-se leves, ou ao menos, toleráveis.    Sempre me falaram que o amor bateria na minha porta quando eu menos esperasse, e, embora ache que eu me sinta preparada pra dar e receber amor, sob uma perspectiva onde eu me sinta livre pra ser quem eu sou e o que eu posso ser, preciso saber ser céu. Saber ser céu dentro das minhas relações não só amorosas, mas para que eu e as pessoas e coisas que fazem parte de mim, da minha vida e da minha história sigam o fluxo que devem. E permaneçam caso se sintam confortáveis para tal.

   Às vezes eu sinto um pouco de ciúme, acho que porque sou humana. né? Também é verdade que quando começo a sentir, logo penso em fugir, não ligar, esquecer. E por aí vai.    Ciúme, ódio, etc etc, todos os sentimentos que, no fundo, provém do ego, do apego, dos medos e inseguranças, coisas que matam as relações. Eu acho. Não sei, não curso psicologia e tampouco me interessa saber isso agora.