Ontem não foi um bom dia para ter nascido mulher, hoje não é um bom dia para ter nascido mulher e amanhã também não será. O fato é: eu odeio ser mulher. Estou cansada de ser mulher. Eu não pedi para nascer sendo do sexo feminino , e eu nunca quis ter de destino tudo o que eu passo. Nascer mulher é uma luta diária e inglória. O julgamento conosco não é justo. N ossas roupas são julgadas, atitudes, palavras, tudo. É como se diariamente, sorrateiros, nos falassem que n ossa vida não é digna, não é humana e nã o é nossa . A nós foi nos dado o direito ao silêncio, à passividade, à condescendência. Nesses últimos 3 anos – 2015, 16 e 17 – tive muitos momentos de depressão pura, mas também alguns de revolta. Briguei, fui grosseira , discuti por conta de comentários machistas dirigidos ou falados perto de mim. Fi z muitas inimizades. E, talvez, num maior número de vezes, resolvi adormecer, chorar escondida, fingir que não vi, me abster de pronunciar minhas
escrevo porque preciso. preciso escrever, imaginar, depositar escritas. escritas essas feitas através de letras, frases, poemas, etc... letras essas, representativas ou não para mim. músicas e tal. ou não. a dualidade do ser e do estar.
falo demais de mim mesma não ouço os outros falarem sobre os problemas deles ou aconselho às vezes, mas imagina eu me sentir culpada por falar de mim mesma sendo que eu sou a pessoa mais importante do meu universo? na minha opinião a gente é protagonista do nosso próprio universo. quando alguém me fala alguma coisa eu tento responder falando coisas similares pelas quais eu já passei e acho isso normal, todo mundo faz isso. é assim que se estabelece relações, né? eu falo das minhas experiências pra me aproximar do outro e ouço as do outro também pra isso. a não ser que eu seja uma psicóloga treinada pra não me comunicar com as pessoas assim.
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