amor é se sentir em casa
depois de vários e vários escândalos internos, nos quais o meu cérebro
tentou convencer meu coração que se ele continuasse naquele drama todo ele ia
acabar me matando; de decepções amorosas cultivadas cuidadosamente em formol
para resguardarem seu cheiro e gostinho originais; depois de uma crise de
nervos associada a mais um conflito entre minha mãe e eu, ou, em outras
palavras, a constatação de que eu estava realmente sozinha no mundo; depois de
vários casos de amor temporários variando entre 3 encontros e 2 anos; depois de
conhecer algumas das festinhas alternativas de santa maria e perceber que eu
amo a minha cama, sobrou apenas alguém aqui dentro que me proporciona uma
sensação boa de liberdade, e a janela do quarto aberta deixa o vento entrar.
alguns livros novos. algumas plantinhas novas, menos nomes na agenda telefônica. now they know, now I know. só fica quem me oferece um
lugar na casinha; amor é se sentir em casa, acho.
escrito originalmente em março de 2018
escrito originalmente em março de 2018
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